domingo, 29 de novembro de 2009

Marcas

Chego a ter saudade dos infindos dias de solidão
Invoco os dias frios da minha memória
Cortejo as noites densas de pura e agonizante tristeza
Não deixo escapar da minha lembrança os dias passivos e vazios da minha existência
Carrego as marcas da desestimulante espera
Não retiro o foco do meu passado e da total ausência de festejos
Para que a presente alegria não esteja nunca carente de cuidados
E a felicidade seja venerada e regada à pura e sagrada devoção
Em dias de rude tempestade minha alma encontre nos dias de outrora a força que me deu as marcas que carrego
Estarei atento para que um efêmero momento não me roube o gozo da normalidade contemporânea
Aproveito a paz conquistada sem me deixar levar pelo insistente desleixo
Carrego os versos dos dias tristes pra que na alegria não me falte a poesia
Carrego o fardo das noites solitárias para que na vida não me falte o amor