domingo, 1 de setembro de 2013

Arte


É ouvir, digerir procurar um ponto comum,
É dar voz a quem costuma falar baixinho
pois no mínimo ruído se toca na textura da paz,
e aí qualquer dialeto se compreende
qualquer voz se assemelha a sua, a minha.
Estamos juntos nessa,
A bailarina  movimenta seus dedos no velho Banjo,
O poeta e suas notas distorcidas,
O Pintor inventando novos riffs de pincel
ao perceber uma flor no seu caminho diário.
A moça transforma sua angústia em hino
e traduz oque a alma dita em voz,
E o meu palco é aonde eu piso, sinto, vejo...
aonde eu sou protagonista e figurante,
Platéia e um grande Astro,
Artista ou a própria Arte.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ballet do Vento




E ela vai bailando dançando com a graça envolta de uma singela delicadeza solta um leve murmúrio ao ver a luz invadir a sala,
se entrega a toa bebendo cada instante do seu mundo imaginário
fazendo força pra agonia concreta não roube um segundo do seu voo,
Respira suavemente com pressa para que o tempo não passe,
Abre a Janela convidando o vento pra uma ligeira prosa, mas junto com ele urge o Barulho do agora e imediatamente seu olhar se desvia para o relógio e se esbarra no calendário, ela fecha a janela porém não existe mais silêncio e o segundo que se alongava agora está em falta.
Os pés que dançavam agora correm,e oque mais importa agora é desnecessário, e a sutileza agora é urgência, e a vida que brotava em cada sútil movimento passa a ser Passageira de uma viagem sem volta e sem graça.