segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fundamentos

Marchemos para o nada
Esperando que tudo se complete
Andemos para o incerto
Na fé que o que não é natural se desperte

O Amor nem sempre é correspondido
A bondade quase nunca recompensada
Os atalhos nos trazem de volta a partida
O sofrer nos eleva ao caminho da chegada

O precioso se conquista
O premio sem custo se evapora
Quem muito sabe nada entende
Quem deveras é sábio sempre aprende

Na ausência de combate não há triunfo
Na falta de distancia não existe saudade
A paixão raramente é de fato previsível
quem é perfeito não se mostra de verdade

sábado, 8 de novembro de 2008

Espera

O tempo talvez nos ajude
E a distancia traga clareza
E no gesto se mostre verdade
Pra que na hora se tenha certeza

A incerteza mora na saudade
Com medo que o sentimento esfrie
Talvez a dor esteja na vontade
Que o seu olhar de mim se desvie

Na displicência dos fatos
Deduz-se sua inevitável resposta
Em meio à ausência de atos
A esperança é o que me conforta

Nossos intentos se escondem
E nas conversas não há desfecho
Que os nossos caminhos se encontrem
Pois o sabor da espera não deixo