Ballet do Vento
E ela vai bailando dançando com a graça envolta de uma
singela delicadeza solta um leve murmúrio ao ver a luz invadir a sala,
se entrega a toa bebendo cada instante do seu mundo
imaginário
fazendo força pra agonia concreta não roube um segundo do
seu voo,
Respira suavemente com pressa para que o tempo não passe,
Abre a Janela convidando o vento pra uma ligeira prosa, mas
junto com ele urge o Barulho do agora e imediatamente seu olhar se desvia para
o relógio e se esbarra no calendário, ela fecha a janela porém não existe mais
silêncio e o segundo que se alongava agora está em falta.
Os pés que dançavam agora correm,e oque mais importa agora é
desnecessário, e a sutileza agora é urgência, e a vida que brotava em cada
sútil movimento passa a ser Passageira de uma viagem sem volta e sem graça.