sábado, 20 de junho de 2009

Existência


Sinceras proezas se expandem
Capricho rasgado de máscara
Na névoa as verdades se escondem
No sol o visível é uma sátira

No ventre o estranho é normalidade
O nascer é uma imensa cobrança
A atmosfera nos cria uma identidade
A independência morre na lembrança

No sacro se disfarça a fraqueza
No santo se dissolve a coragem
Por dentro mora uma certeza
O sagrado está só de passagem

Na estrada eu corrijo meu passo
Nos abraços eu encontro meu guia
O amor rege todo meu compasso
No silencio eu encontro alegria

terça-feira, 9 de junho de 2009

Se...


Se eu tivesse um amor...
Minha prioridade seria mudada
Meu plano perfeito seria rasgado
Minha imagem seria apagada
O meu bem-estar seria meu bem querer
Meu riso sozinho não seria completo
O meu tudo não seria mais meu

Se eu tivesse seu amor...
Meus dias seriam mais bravios
A minha música seria ouvida
A minha verdade uma doce ilusão
O meu coração a sua casa de campo
Seria aplausível a minha tristeza
Seria menos amarga a minha solidão

Se eu não sentisse esse amor...
Minhas tardes seriam mais brandas
Minhas noites seriam mais curtas
Meu viver seria mais fútil
Minha loucura seria mais sã
O respirar perderia o sentido
Seria mas um com os pés no chão