
Entra e desconserta,
Destrói toda forma e todo pensamento caricato
Erradica toda fórmula pronta e extingue o caminho já traçado
Manifesta o obscuro e constrói uma estrada nova
Transforma o velho vício em coragem de fechar a porta
E a expressão de certeza em um riso inseguro
Procura tocar onde mora a ferida
E não descanse até a cicatriz desabrochar
Arranca-me da zona de conforto
Venda-me meus olhos dessas paredes brancas e dóceis
Desses quadros de cores alegres que já não me dizem nada
Desse sentimento mórbido e tão inofensivo de conformismo
Mas por favor...
Não mude, não se mova, continue nessa estrada
Continue nesse lugar seguro, sua casa
Siga questionando me fazendo sentir dor
Fazendo-me feliz