segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O lamento de um velho boêmio


Cheguei ao ponto quase final
De uma vida que pensei não ter fim
Entre desilusões e ilusões a vida passa
E só o que eu não fiz deixou marcas em mim

As noites sempre eternas
O Futuro era um pensamento desprezível
As manhãs tão reais e sempre ingratas
No espelho um reflexo invisível

As distrações sobrepunham o questionário
A reflexão era furtada por um novo convite
A velha máscara mais uma vez se encaixava
A fantasia em meu ser não desiste

Os velhos conselhos maternos
No perfume da primeira morena se perdia
Um amor que consiste em verdade
Na boca de mais uma diversão se esquecia

Hoje me glorio das histórias passadas
Pra alguém que me empresta a atenção
Hoje as manhãs de realidade
Se transformaram em longos dias de Solidão

2 comentários:

  1. Will sempre pensando coisas bonitas, escrevendo delicadeza e falando poesia...

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  2. "Hoje as manhãs de realidade
    Se transformaram em longos dias de Solidão."

    Ai, suas palavras parecem o espelho da minha alma nesse instante! Adorei! Como disse, quero ter um livro seu na minha estante!

    http://estante-dos-sonhos.blogspot.com.br/

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