terça-feira, 4 de agosto de 2009

Diário de um Máscarado


Resido em meu interior
Tão profundo e escondido
Tão maquiado e sem pistas
Refugio-me no engano
Me alimento dos insultos de meus admiradores
Renovo-me em um comentário de um novo desafeto
Exponho a segurança de decisões erradas
Celebro o desdenho em meu olhar superior
Prefiro ficar só do que um segundo de fraqueza
Plantei mágoas, colho olhares de uma platéia estupefata
Rio de valores óbvios, procuro o palco em frases fabricadas
Retiro-me do foco para o vazio do espelho
Reluto contra o remorso
Me faço inatingível com a alma ferida em oculto

2 comentários:

  1. É na profundidade da alma que podemos reencontrar com a do outro...
    Ter diante os olhos linhas que despem, meros reflexos do espelho da vida...
    É preciso entender-te para que a leitura das frases fabricadas encontre com os comentários extraídos de um coração sem direção... É preciso de um reencontrar com o eu interior para perceber que carregamos enfermidades não tratadas, problemas emocionais e afetivos não resolvidos... O fruto do presente oculta as dores, mas abrem portas para um futuro.
    Que Deus o abençoe imensamente e continue te derramando inspirações como chuva de valores, para uma platéia que navega no mar dos poemas.
    ...=*... Jurema Santos ...=*...

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  2. Gostei muito desse texto. Parece um pouco com algumas coisas que escrevo... Assim, confessional, existencialista... Parabéns aí pelos textos..

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